O livro conta a estória de um jovem sulista, Dário, embrenhado nas matas da Amazônia mato-grossense, fugindo uma tragédia em sua vida sentimental e derrocada dos negócios família. Numa noite de pescaria pelo Rio Juruena, avistou um vulto de mulher deitada nua numa praia. O vulto correu e sumiu na barranca do rio. Descobriu no outro dia que a mulher nua era uma menina púbere que vivia com o padrastro, que era seringueiro. Procurou então um jeito para tirá-la daquela vida, mas a menina apaixona-se por ele. Personagens importantes: A mãe da menina, com uma trajetória de vida errante pelo mundão do Centro-Oeste e Norte país. O enfermeiro, estudioso do espiritismo, que se torna amigo de Dário e tenta conscientizá-lo a aceitar as vicissitudes não sofrer tanto com os reveses da vida.
E depois vieram tantos outros que fui lendo e gostando: Camões, Shakespeare, Drumond, Vinícios, João Cabral de Melo Neto, Pablo Neruda, Garcia Lorca, Machado de Assis, o nosso Mario Quintana e os regionais Patativa do Assaré e Jaime Caetano Braun e tantos mais. E durante a vida toda andei garatujando versos, sem nunca pensar em publicá-los. De repente aceitei a provocação da Editora Alcance e decidi transformar parte dos meus versos em livro, sem a pretensão de com isso dizer agora que sou poeta. Porque, se eu fosse poeta mesmo, gostaria de ter escrito versos como estes de Mario Quintana: “A vida é um incêndio… …Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta? Cantemos a canção da vida, na própria luz consumida…”
Logo que se casou seu Natalício vendeu o alambique de cachaça e as terras na costa do rio Ijuí. Deixou seus patrícios alemães, indo viver em meio a gente de diversas origens, em Santo Ângelo. Daí para Guarani, para o Rincão dos Vieiro, para Esquina Ipiranga e de volta para Guarani. Com 45 anos mudou-se para o Paraná, na linha São Pedro, região de Vila Nova (Toledo). Dali para o Cinco de Outubro (Palotina), para Maripá, Cascavel e por fim Vila Nova. Como era um homem afável, tinha facilidade de arrumar amizade. Mas por ser franco e direto também fazia inimigos de graça. Estava sempre pronto para entrar numa briga em defesa dos mais fracos ou de quem tinha razão. Viveu na contradição: foi getulista, mas não esteve com Jango. Apoiou os milicos no início, depois virou “mandabrasa” e acabou brizolista. Em fim, nasceu chimango mas morreu maragato. Ainda bem. (Ademar Adams)